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25 de setembro de 2012


Comentário ao Evangelho do dia feito por 
Papa Bento XVI 
Discurso de 26/02/2009 ao clero da diocese de Roma
«Minha mãe e Meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática»


Realmente Maria é a mulher da escuta: vemo-lo no encontro com o Anjo (Lc 1,26ss) e vemo-lo de novo em todas as cenas da sua vida, desde as bodas de Caná, até à cruz e até ao dia do Pentecostes. [...] Já no momento da Anunciação podemos captar a atitude de escuta: uma escuta verdadeira, uma escuta que é interiorizada, que não se limita a dizer sim mas que assimila a Palavra, que toma a Palavra, à qual se segue a verdadeira obediência, porque a Palavra foi interiorizada, isto é, tornou-se Palavra em mim e para mim. [...] Assim a Palavra torna-se encarnação.


Vemos o mesmo no Magnificat. Sabemos que é um tecido feito de palavras do Antigo Testamento. Vemos que Maria é realmente uma mulher da escuta, que conhecia a Escritura no seu coração. Não conhecia apenas alguns textos, mas identificava-se a tal ponto com a Palavra, que as palavras do Antigo Testamento se tornaram, sintetizadas, um cântico no seu coração e nos seus lábios. Vemos que a sua vida estava realmente imbuída da Palavra; tinha entrado na Palavra, tinha-a assimilado, e a Palavra tinha-se tornado vida nela, transformando-se depois de novo em Palavra de louvor e de anúncio da grandeza de Deus. 


Nossa Senhora é palavra de escuta, palavra silenciosa, mas também palavra de louvor, de anúncio, porque na escuta a Palavra se torna de novo carne e assim torna-se presença da grandeza de Deus.

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